Sombras entre Mundos

"Quem seremos sem saber quem somos?" Alex Pinheiro

O vento sopra no vale da morte

os cadáveres sepulcram sua sorte

sete palmas, o ritual sem fim

nem a morte será a paz pra mim

O tormento dos condenados

os perdidos não achados

monstros: sem carinho, sem perdão

atormentados pelo que outros gozarão

A figura, a sombra o acompanha

em sua rotina de guerrilha, de campanha

marchando em seu sepulcro ameno

talvez não frio, mas sim sereno

Dizem que os olhos guia à alma

da tristeza essa pobre não se salva

a perdição dos tolos e dos fiéis

todos, da sombra beijam os pés

Talvez a luz antes que canse

tira a alma de seu mais eterno transe

enquanto aos olhos esperança ainda brilha

na estrada essa alma ainda tilha

No fim poucos transbordam alegria

só sobrevivem ao raiar de um novo dia

até que um dia a sombra perde a calma

e atravessa pelos mundos outra alma

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 21/12/2013
Código do texto: T4620062
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