EM MIM
Em mim a uma cidade suja,
Uma cidade puta,
Uma cidade de nós,
E temos rostos tão parecidos.
Em mim a tantos padres bêbados e transviados
Que embora sejam todos em comunhão,
A soma dos pecados é quase troco,
Naquilo que é valido para a satisfação!
Em mim a uma família maior que meu povo,
E ninguém entende quando digo amo,
Como amar o que você não toca?
Como amar o que você não conhece?
Como amar o humano! Se desumano é nossa própria mesa!
E m mim há uma cidade que só é minha,
E todos passeiam livres,
Não tem poetas,
Não tem tristeza,
Não tem Salgadinho, não tem!
Minha cidade não tem nome,
Em mim!
Há só o que me pertence!