EM MIM

Em mim a uma cidade suja,

Uma cidade puta,

Uma cidade de nós,

E temos rostos tão parecidos.

Em mim a tantos padres bêbados e transviados

Que embora sejam todos em comunhão,

A soma dos pecados é quase troco,

Naquilo que é valido para a satisfação!

Em mim a uma família maior que meu povo,

E ninguém entende quando digo amo,

Como amar o que você não toca?

Como amar o que você não conhece?

Como amar o humano! Se desumano é nossa própria mesa!

E m mim há uma cidade que só é minha,

E todos passeiam livres,

Não tem poetas,

Não tem tristeza,

Não tem Salgadinho, não tem!

Minha cidade não tem nome,

Em mim!

Há só o que me pertence!

Severino Filho
Enviado por Severino Filho em 21/12/2013
Código do texto: T4619961
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