Consinta
Saia daí nuvem
Que já não avisto nada do meu céu
Pois quero semear estrelas de cartolina
Para me iluminarem quando for jovem
Quero maquiar o futuro que ainda não é meu
Com minha aguarela cristalina
Saia com a chuva do teu véu
Pra não molhar minhas desprotegidas estrelas
Pois elas são a realidade que quero inventar
Nesse mundo que de maldade se encheu
E decidiu apagar as próprias velas
Apagando também milhares de sonhos ávidos de luar
Vá para a fantasia
E aceite os milhões de convites para a metáfora
Porque ainda há quem quer sonhar
Há quem enxerga um outro dia
Onde o amor pelo outro se aflora
E onde verte da educação a chuva pra nos regar.
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