A ÁGUA NÃO ERA PURA...

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Exaustos, meus pés seguiam,

corpo cansado, vista turva.

Na alma solitária e curva

negras sombras se definiam.

Mas, eis que surge esperado...

Oásis verde no horizonte.

Até que enfim, a doce fonte

nascida em meu sonho alado!

Na água pura encontrada,

minha boca mata a sede.

No chão macio e verde,

minha cama encantada.

mas, sinto logo na boca

o gosto amargo do fel

não era pura essa água

nem o oásis meu céu

retorno à busca louca

incessante do meu mel

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Zélia Nicolodi
Enviado por Zélia Nicolodi em 24/04/2007
Código do texto: T461920
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