VESTES DE PECADO

Quando mergulha

parece dentro

de mim

que amargura

por meus olhos

óculos escuros

frescura de brisa

não traz aquele

perfume que dobra

quadril botão

em flor

que se abre

estou rindo

sentado aqui

bem perto quase indo

por alma fantasma

tocar

dado que recebo

de fora

componho

tão leve sonho

pesado

por dentro a ficar

que mastigo

sem cessar

fruta de sabor

de qualquer cor

vitamina

me vacina de amor

feminina és a flor

que se abriu

querendo ver

minha covardia

derrubar

muros avessos

ao que sinto.

"Pés no chão

sobre areias do tempo

com ela anelar"