INVISÍVEL AOS OLHOS
Olhares não me
encontram na multidão,
sou invisível,
minha face oculta-se
meu corpo imerge
em nuvens de algodão,
minhas palavras se calam
afogam-se em solidão...
Sou uma silhueta,
uma sombra desnuda
silenciosamente muda...
Entrego-me as fantasias,
rumo em direção ao nada,
nem sempre sou notada...
Caminho pelos arredores
sob a voz do silêncio,
nada me incomoda
nem o próprio tempo...
Sou uma ilusão que vaga
num canto qualquer,
sou um sentimento louco
com vestes de mulher...
SONIA BRUM