Limites

Meus sonhos ultrapassam todos os limites

Do querer, do sentir, do ver, do deleite...

Como poeta sou deveras pegajoso, sou azeite

E a inspiração respeita meu senso de alvitre.

Para conhecer-se o mundo é necessário o devaneio,

O orbe pode rebolar conforme dirigida vontade,

Basta conciliar o pensamento à intrínseca faculdade

Que coordena de forma singular qualquer anseio.

Não é a vida que repõe o que se haja perdido,

É a sensibilidade que atua no astral metafísico

E o que parece oculto mostrar-se-á presente...

Tem-se aí uma rotina obscurecida pelo tempo,

Mas o poeta é monsenhor da vitrine do sentimento

E, através da palavra, diviniza o sonho delinquente!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 20/12/2013
Código do texto: T4618698
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