À procura do ultimo verso.

Por onde andará meu verso,

Que não consigo encontrar?

Palavras solta onde tropeço,

Com o medo de não terminar.

Talvez escondido na timidez,

Que calada na sua boca nua,

Umedece os lábios na mudez,

Para viver a paixão ingênua.

Quem sabe perambula no vazio?

Como esperança de condenado,

Sentado na cadeira por um fio,

Recita versos de um injuriado.

Por onde anda o meu verso,

Que o garimpo na noite escura?

Joia rara do meu eu disperso,

Lapidação numa vã procura.

Então o vento sopra na janela,

Com um perfume que conheço,

Atiça e apaga o fogo da vela,

Sinto o beijo poesia e adormeço.

Toninho.

05/12/2013

Toninhobira
Enviado por Toninhobira em 19/12/2013
Código do texto: T4618576
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