Constantinopla

Quando palavras ganharem corpo,

Haverá nelas o sopro... Da vida.

Muito mais que locais cheios,

Teremos gente que no meio... Se divida,

Idas e idas... Como nos idos.

Ouço discursos enérgicos,

No entanto santos paraplégicos,

Numa redoma de vidro.

Pá de cal,

Cordão umbilical... Sufoca o feto.

Castigam a verdade,

Com golpes covardes... De cetro,

Incertos... Rebanho mocho,

Ignora o próprio desconcerto.

Os laços fraternos estão frouxos,

Pois muitos passam aperto.

Mentira, verdade,

Prisão e liberdade... Num mesmo combo.

Constantinopla,

Se acopla... Em vossos lombos,

E despe-o.

Homens de baixa estatura,

Manuseados como miniaturas,

De um presépio.