Da Serpente
Na sua boca, há uma serpente
e nos seus olhos, um verde veneno
que entorpece os olhos da gente
que deixa o olhar muito pequeno.
Para todo o frágil ser vivente
que vive um sentimento moreno
a sua brancura é leite quente
o seu beijo, o alimento pleno.
Vendo seu corpo quase inocente
por um doce crime, eu me condeno
e o sangue que pulsava sereno
torna-se mais vermelho e urgente
quando me sinto preso, de repente
nas grades de um desejo supremo.
18-12-2013