UM ENCONTRO (FABORDÃO)

UM ENCONTRO (FABORDÃO)

Um olhar,

Frio na barriga,

Seria na espinha?

Receio.

Medo.

Musica.

Lembro-me de anjos.

Clarinetes,

Órgão,

Talvez um oboé,

Um cravo com certeza!

Musica sacra,

Fabordão...

Seria este o estilo?

De onde vem à informação?

O elogio vira critica.

À esquerda na direita

Contenho o movimento.

Curto a musica.

Coisas em comum.

Coisas em oposição.

Anos passaram,

Segundo revistos.

Perdidos na rua.

A música tocada,

A música na imaginação...

Taverna a luz de tocha,

Vinho pós-batalha,

Reconciliação...

Reconciliação de uma briga que não houve,

Houve a má interpretação,

Teve a juventude,

Talvez timidez,

Intolerância em outra época.

Num castelo inglês a musica toca,

A ladeira arde,

Musica sacra toca.

A nobreza não é tão nobre.

As feições são clássicas,

O serviço é precário,

A companhia é ótima.

Sou de outra época,

Futura ou passada?

Talvez minha época não exista,

Mas nessa noite,

Mesmo sem o beijo no final,

Existiu você

E num canto de minha imaginação uma citara ecoou.

Um lampejo de esperança rasgou o céu no horizonte.

André Zanarella 16-12-2013

Fabordão Contraponto musical a três vozes,

nota contra nota, originário da Inglaterra (séc. XIII).

Canto eclesiástico, mais especialmente harmonização de salmos.

Música desentoada.

Fig. Sensaboria.

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 18/12/2013
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