AO QUE ESCREVO!

Escrevo à amizade e ao desalento

Escrevo ao mar, ao sol e ao vento

E às flores tão lindas que há no jardim.

Escrevo à noite, à chuva, às fontes

Escrevo às tempestades e aos horizontes

Escrevo muitas vezes até sobre mim!

Escrevo às estrelas, às aves, ao amor

Escrevo sobre o tempo ou aquilo que for

Escrevo sobre o mundo que anda ao contrário.

Escrevo sobre a tristeza e sobre a alegria

Escrevo sobre a vida, que é fantasia

E sobre o meu fado, que é um calvário!

Escrevo sobre o medo, e sobre as crianças

Escrevo sobre um espaço que espera mudanças

Escrevo sobre os sonhos e sobre animais.

Escrevo sobre versos que não dizem nada

Escrevo sobre a paz, tão necessitada

Escrevo sobre os dias que não são iguais!

Escrevo sobre ti, sobre o choro e o riso

Escrevo sobre o inferno, sobre o paraíso

Sobre o céu e a terra, sobre o mal e o bem.

Escrevo sobre o olhar que houver num romance

Ou sobre aquilo que me esteja ao alcance

E sobre a natureza…eu escrevo também!

Escrevo sobre os anjos e sobre as fadas

Escrevo sobre fotos, que embora rasgadas

Ainda estão na minha memória.

Escrevo sobre a dor de um coração

Escrevo sobre feitos de uma nação

E actos heróicos que marcaram a história!

Escrevo sobre tudo o que aparecer

Escrevo sobre horas de intenso prazer

Escrevo sobre a luz que guia o caminho.

Escrevo sobre as frutas que há no pomar

Escrevo as palavras que ditam o rimar

Rompendo os fios, daquele cordelinho!

Escrevo agora, este meu poema

Porque em cada letra encontrei o lema

Para ser feliz, poder repartir.

Escrevo sobre o Ser que me fez nascer

E escreverei sempre até eu morrer

Ou enquanto saiba…ao menos sorrir!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 17/12/2013
Código do texto: T4615767
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