Quem é ele?
Dorme nos braços das mornas noites,
Tem a brisa como carícia
Perambula entre ruelas e esquinas,
De pouca fala e gestos que dizem muito.
Trás no hálito o cheiro do cigarro recém acesso,
Os olhos marejados de sofrimento.
Das paisagens que lhe restam na lembrança,
Borrões de casebres á mercê construídos
A infância descansa a sombra do ócio
Nas cantigas de rodas delinqüentes
Ouve-se o grito:
É covardia, é covardia!
Podas o sonho, sob o teto da chuva fria,
Como órfão sedento por um aconchego
Quem é ele? Perguntam os curiosos
Será João, José ou Fernando!
Sem saber como chamar, nomeiam “o desconhecido”.
Águida Hettwer
16/12/2013
Tem a brisa como carícia
Perambula entre ruelas e esquinas,
De pouca fala e gestos que dizem muito.
Trás no hálito o cheiro do cigarro recém acesso,
Os olhos marejados de sofrimento.
Das paisagens que lhe restam na lembrança,
Borrões de casebres á mercê construídos
A infância descansa a sombra do ócio
Nas cantigas de rodas delinqüentes
Ouve-se o grito:
É covardia, é covardia!
Podas o sonho, sob o teto da chuva fria,
Como órfão sedento por um aconchego
Quem é ele? Perguntam os curiosos
Será João, José ou Fernando!
Sem saber como chamar, nomeiam “o desconhecido”.
Águida Hettwer
16/12/2013