Brado.

Nada há de me prender.

Hei de repudiar algemas,

cerrar grades,

arrancar mordaças.

Mandarei derrubar paredes,

quero a vastidão do mundo,

invadindo meu ser.

Ninguém há de me deter.

Portos, só os alegres,

onde irei me abastecer.

Quero asas coloridas,

para minh'alma adornar

e para longe voar.

Quero me ter por inteira;

quero dispor de vontades,

assim como de emoções.

Quero agir ou me omitir.

Ser o que queira ser.

Só peço a Deus, luz no caminho,

para de mim não me perder.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 23/04/2007
Código do texto: T461433
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