Brado.
Nada há de me prender.
Hei de repudiar algemas,
cerrar grades,
arrancar mordaças.
Mandarei derrubar paredes,
quero a vastidão do mundo,
invadindo meu ser.
Ninguém há de me deter.
Portos, só os alegres,
onde irei me abastecer.
Quero asas coloridas,
para minh'alma adornar
e para longe voar.
Quero me ter por inteira;
quero dispor de vontades,
assim como de emoções.
Quero agir ou me omitir.
Ser o que queira ser.
Só peço a Deus, luz no caminho,
para de mim não me perder.