alquimia
fugiu dos campos
aliciantes de víveres
apetecidos de mel
passeou em chãos
minados de espinhos
embebidos de fel
fugiu da mesa pronta
ornada de rosas e vinhos
fugiu do claro e cores rentes
amaciou escuros
lambeu veneno
de serpentes
drogou os olhos
com alucinógenos
diferentes
arrebentou o vento
murou terreno
pro tempo
abriu ângulos
preâmbulos
pra sentimentos
fechou-se em círculo
procriou-se por dentro
infinitos pontos
em tubo de ensaios
efervesceram em pontas
de raios
borbulharam penas
criando asas
pra dar voo ao poema