ALMA EXPOSTA

Eu sinto as dores do mundo

E nem minhas sete vidas

Nem minhas nove almas

Podem silenciar

O grito dos onze partos

Dos filhos que não terei

Teço e rompo meus casulos,

Troco de pele –

Eu me reinvento,

Na curva dos meus dias curtos

No vento que venta cá dentro

No ocaso e no acaso do encanto

Os meus vinte-e-dois mistérios

Na hora H

No dia D

Meu mundo sem quatro cantos

As gêneses que não vês,

Em meio aos teus sete espantos.

Dalila Langoni
Enviado por Dalila Langoni em 23/04/2007
Código do texto: T461398