ALMA EXPOSTA
Eu sinto as dores do mundo
E nem minhas sete vidas
Nem minhas nove almas
Podem silenciar
O grito dos onze partos
Dos filhos que não terei
Teço e rompo meus casulos,
Troco de pele –
Eu me reinvento,
Na curva dos meus dias curtos
No vento que venta cá dentro
No ocaso e no acaso do encanto
Os meus vinte-e-dois mistérios
Na hora H
No dia D
Meu mundo sem quatro cantos
As gêneses que não vês,
Em meio aos teus sete espantos.