ENVELHECENDO

Sou agora aquele velho cata-vento

colhendo mesmo sem força

o sopro do mesmo vento

que simetricamente invento

na rotina dos tempos.

Ah! Julgo ser ainda

aquela criança sem brinquedos

que um dia soprou no ouvido da infância

o segredo de envelhecer

sem deixar de ser criança.

E mesmo com as asas

cansadas pelo tempo,

ainda sou aquele velho pássaro

procurando no destino do vento

um novo horizonte

para o meu ninho,

uma nova direção

para este velho cata-vento...!

RUBENS MONTEIRO DE LIMA
Enviado por RUBENS MONTEIRO DE LIMA em 16/12/2013
Reeditado em 16/12/2013
Código do texto: T4613751
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