ENVELHECENDO
Sou agora aquele velho cata-vento
colhendo mesmo sem força
o sopro do mesmo vento
que simetricamente invento
na rotina dos tempos.
Ah! Julgo ser ainda
aquela criança sem brinquedos
que um dia soprou no ouvido da infância
o segredo de envelhecer
sem deixar de ser criança.
E mesmo com as asas
cansadas pelo tempo,
ainda sou aquele velho pássaro
procurando no destino do vento
um novo horizonte
para o meu ninho,
uma nova direção
para este velho cata-vento...!