fotografia de © Ana Ferreira



 
A BRISA QUE VEM DE LONGE...

Faz dançar a natureza parada
E, em silêncio, no silêncio,
Dá vida nova às velhas palavras,
Pela memória esquecidas,
Pelo tempo amarrotadas.

A brisa que vem de longe
Ressalta os olhares
Que insistem em tatear
labirintos sem saída…

A cada sopro de brisa
Aumenta a distância
Entre as margens,
E desgastamo-nos,
Procurando na areia
As conchas já tão gastas pelo mar…

Jamais aprenderemos 
A colocar as coisas no seu devido lugar 

Ana Flor do Lácio



 

   
Grata, pelas belíssimas interações:



A brisa que vem de Deus...

Sinto no rosto uma doce brisa,
é o vento que mandou me acariciar,
o desejo de Deus se realiza,
para a tristeza longe de mim ficar...
Ah, bendita paz que minh'alma invade,
no beijo da brisa a me consolar,
querendo me trazer felicidade
e um novo amor para poder sonhar!
Um sopro de brisa que vem do mar,
faz meu coração alegre pulsar,
no velho sonho que se realiza!
Minha alma dança ao sabor do vento,
na doce esperança de um novo tempo,
que chegará num suave sopro de brisa!

(Esther Ribeiro Gomes)


 

 

   
A brisa que vem de longe, traz, também, o gosto da saudade
e se pergunta por que somos inconstantes...
A brisa que vem de longe mostra, em seu suave batido,
que a distância pode, sim, ser aumentada se não prestarmos atenção
ao tempo e a quem nós queremos...
A brisa que vem de longe, no entanto, deve sempre trazer a paz,
a certeza e a esperança para aqueles que mudam de lugar...

(Raimundo Antonio de Souza Lopes)
 

Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 15/12/2013
Reeditado em 16/12/2013
Código do texto: T4613401
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