OLÁ
Olá, meu amor sonolento!
Onde andarás nesse instante?
A saudade nesse momento
Cutuca-me constante.
Deves estar a cochilar
Aí por algum canto;
Eu aqui, em particular,
Enxugo devagar o pranto.
Queria mesmo agora cedo
Encontrar-te no jardim,
Jogar fora esse medo
De abraçá-lo junto a mim.
Ouças o cantar do galo!
Vejas o brilhar da estrela!
Antes que o vento no embalo
Priva-me de tua alma vê-la.
DIONÉA FRAGOSO