Olhar Negro
Dia a dia
se repete o gesto
vazio e frio
do olhar para o lado
O faz que não vê
a miséria descoberta
que a escondia
não é partilhada
Mais fácil ser distraído
nas consciências mortas
no dormir descansado
de estomago bem tratado
A dor alheia
Já não dói na alma
de quem de bolsos cheios
manda nos destinos alheios...