Olhar Negro

Dia a dia

se repete o gesto

vazio e frio

do olhar para o lado

O faz que não vê

a miséria descoberta

que a escondia

não é partilhada

Mais fácil ser distraído

nas consciências mortas

no dormir descansado

de estomago bem tratado

A dor alheia

Já não dói na alma

de quem de bolsos cheios

manda nos destinos alheios...

Bele Ramos
Enviado por Bele Ramos em 15/12/2013
Reeditado em 13/04/2015
Código do texto: T4612499
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