ANEL FLOR DE CACTUS
Foi quando a vi
que certeza
de quem preda
é fome de instinto
apesar do que sinto
instante que a vi
despertar de sono
acorda pra ser
tábua de escriba
cerca viva
pede coragem
p'ra atravessar
o selvagem
de ser ético
profético
no além do ser
é moral que quer
matar
queria matar
minha sede de você
se acaso você
parasse de olhar
interromper
meu grito livre
secreto
que não sai
porque olhar pro lado
se estava parado
querendo entrar
meu intimo é agudo
um meio tom
necessita
braços etendidos
ponte sobre
qualquer intervalo
se é porque me calo
ponto ilhado
querendo amar.