Ao som de um gole de vinho
Não do que me perdes
Ao som do um vinho tinto seco
Ao gosto de outro ritmo musical
Não do que me cala
A brisa fria da madrugada nua
Nascida, menina, sua.
Não do que me tocas
Dos risos tristes que plantei
Da explosão silenciosa que me condena
Nas bocas suaves que beijei
Não do que me refaz
Na paz serena do pós-guerra
No sublime cheiro de solidão
No cair ensurdecedor do orvalho
A madrugada que me rasga as horas
Uma taça de vinho, eu, retalho.