Ao som de um gole de vinho

Não do que me perdes

Ao som do um vinho tinto seco

Ao gosto de outro ritmo musical

Não do que me cala

A brisa fria da madrugada nua

Nascida, menina, sua.

Não do que me tocas

Dos risos tristes que plantei

Da explosão silenciosa que me condena

Nas bocas suaves que beijei

Não do que me refaz

Na paz serena do pós-guerra

No sublime cheiro de solidão

No cair ensurdecedor do orvalho

A madrugada que me rasga as horas

Uma taça de vinho, eu, retalho.

Genival Silva
Enviado por Genival Silva em 15/12/2013
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