por que
em minhas mãos
a incerteza da vida;
não tenho a terra
os arados, a colheita segura;
o céu é aberto
e sua profundidade
é a fortuna a ser buscada;
e tudo se transforma
com rapidez profana;
sou ar, ternura e cansaço
onde está tu Saturno
que deixaste teus filhos livres;
por que tanta luz se somos
despreparados pra sermos livres