É Preciso Higienização de Mentes
Rasguem todos os poemas,
Tranquem as portas
E apaguem todas as luzes.
O poeta se calou
As multidão que entoa esse canto é corrompida.
Pede a cabeça de inocentes,
Arrancam-lhe os seus trapos
Porque são sujos.
-Matem, matem porque é feio!
-Matem, matem porque fede!
Grita em oníssono.
A voz do povo,
Não é a voz de Deus!
Rasguem todos os poemas,
Tranquem todas as portas
E apaguem todas as luzes.
Me recuso ver o sol,
Me recuso ver meu povo
Matar seu próprio povo.
É o clímax da involução.
Tratam como verme
Uma pobre alma faminta.
Atiram nele um balde com desinfetante
E água sanitária.
-Matem, matem porque é feio!
-Matem, matem porque fede!
Grita em oníssono.
Multidão ignorante,
Fique com suas praias malditas,
Seus turistas malditos,
Seu conforto maldito.
Até que morra com o veneno de sua ganância!