Não me acorde

Olhar aflito a procurar na multidão,

Um vai e vem, um vem e vai...

Eis que surge entre milhares de cabeças

o motivo de tanta aflição.

Deixo a bolsa cair no chão... O lenço de seda

aproveita para fugir num lindo voo, céu a cima.

Paralisado abandona a mochila,

abre os braços, o sorriso, o coração...

Corro em sua direção, pulo em seus braços

e me perco em seu abraço...

Sinto o tontear do rodopio,

a distancia do solo em meus pés.

Toma meu rosto em suas mãos

Sinto seu cheiro, o hálito da sua boca

Risos e sorrisos, Lábios... Olho no olho

De repente... silêncio!

Psiu! não me acorde!

Preciso ver o final...

Cirleide Campos
Enviado por Cirleide Campos em 14/12/2013
Reeditado em 14/12/2013
Código do texto: T4611161
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