Manoel de Barros

“(…) E, aquele

Que não morou nunca em seus próprios abismos

Nem andou em promiscuidade com os seus fantasmas

Não foi marcado. Não será exposto

Às fraquezas, ao desalento, ao amor, ao poema.”

(Manoel de Barros)

***

Manoel, joão de barro

Sem hífen mesmo

Eu não sei se você

Quer este amor

Alojado em sua poesia

Mas eu assentei tenda

E não vou sair

Porque eu quero

Desamanhecer

Desentardecer

Desanoitecer

Despoemar

Desviver

Desmorrer

Lendo os seus desversos

Promiscuamente