O poder e o dever
O canto que se passa, Um dia, uma vez,
carregado de ontos, se fez e refez,
No tempo que é vento salva outros movimentos,
Que se presta em minutos, ditos em paradigmas.
E o canto, que horror!
A forma, quantas normas,
Da idéia, quanta necessidade,
Do amor, pouquíssimas pistas.
Da felicidade muitas idades,
Da busca diz-se entender meios,
Dos anseios que imaginam a finitude,
Da completude feita adequadamente ao fim natural.
Certo da confusão, aceitamos um brinde,
Obrigado à decisão, escolhemos os caminhos,
Atingido por um deslize, ativamos um desdém,
Para quem ou de quem, cálculos são maturados.
E o que dizer da contemplação que faz festa a noite,
Inventado em imagens, desorganiza e se mistifica,
Esquecido pelo intelecto, pratica conexões improváveis,
Alimentado pelo desejo, acorda para a decisão.