PARADIGMA

Eu não lamento o dia em que saí por aí errante

Ou a vida que bebemos amiúde em um instante

São demais pequenos os detalhes fugazes,

Herculeamente sereno o poder dos olhares

Quiçá conteste a noite e a mente metódica

O extemporâneo silêncio dos incompreendidos

Que goteja na janela episódica

Da chuva empírica de todo sentido

Alusões e saudades

Mergulhadas em seu mesmo manejo

Sonetam até vagas nucleares:

Sinédoques e diagramas prevejo

[além-mar...

Daí o advento magmático

Em - rosados - ruídos rasantes

Esculpindo (novos) talhes solares

Do solitário navegante

Aos poucos sufragado

Pervertido/embriagado

Mas há vórtices a velar

Que não permitem condoer-te

Alhures vem diversa maré

Outro também será o porto

Natimorto é o presente

(sinalagma obscuro)

Se não tens fé -

Paradigma do futuro!

Elmer Giuliano
Enviado por Elmer Giuliano em 12/12/2013
Reeditado em 20/12/2013
Código do texto: T4608608
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.