Como Vento...

Não penso a vida com propósitos maiores...

Vivo, trabalho, sofro, amo... E isso me basta...

E como não há nada além, sentir o agora tornou-se a única via

De acesso ao imponderável... Em colisão com o momento...

Viajo por longos trechos de chuvas constantes

E dentro de nossas veias corre o único tempo que existe...

Dele, tiro meu propósito e minha sina disfarçada de opção.

Sei dividi-la entre dois mundos paralelos... O Mundo da dor e o da decepção...

Carrego a marca da luta... não visível, mas intrínseca a cada passo dado, A cada hora vencida pela insistência em viver...

A vida, sem destinos superiores e sem razão de ser...

A vida que levo para não ser levado... Que demorei muito para compreende-la, Mas que hoje percebo seu legado...

Eu vejo o horizonte... Vejo um céu nublado...

Serão as chuvas, serão os montes.. O que me foi ofertado?

Eu sou aquele que viveu por tudo e sofreu calado...

Mas hoje canta no otimismo da depressão...

Sou como vento e minha vida passa...

Plena em Solidão...

Nilton Junior
Enviado por Nilton Junior em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
Código do texto: T4608096
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