Quimera Portentosa
És tu minha quimera aos pesadelos
de perder-me em ti ó escaravelho,
de perder-me entre facínoras escandinavos
pelas noites obsidiadas por demônios.
És tu ó estrela perniciosa das volúpias
que deflagra minhas intuições matinais,
escorpião de veneno apetecível, beija-me;
eleva-me ao Nirvana flamejante do sol.
Ó portentosa flor dos meus pecados
que dilacera minha ínfimas degradações
livrai-me de toda essa aspereza inócua
que enleva-me aos satíricos das ilusões.
És tu ó verdejante dos campos e capinzais
que escamoteia meus ávidos sentidos;
abraça-me e afoga-me em tua seiva;
desembainhe teu punhal e mate-me.