NÃO HAVIA MOTIVO

Ontem me acordei estranho

Sentia-me pesado, angustiado,

O pior, não havia motivo,

Pelo menos um motivo aparente.

Os pensamentos flutuavam

Desordenadamente sem reter-se,

Á medida que as horas passavam

Ficava mais irritado, triste.

Triste comigo mesmo querendo sair

Sair de tudo isso, de mim,

Ter o poder de arrancar e jogar fora

O que estava me consumindo,

Queimando-me por dentro.

Depois de tudo, senti um vazio,

Vazio no corpo e na alma,

Um torpor tomou conta do meu ser

E me fez querer ficar só, quito.

De repente um pensamento aflorou,

Você veio e a tua imagem era forte

Harmonizando-me, trazendo paz,

Chorei, chorei muito ali, sozinho.

Em posição de feto adormeci...

Marcus Catão

Marcus Catão
Enviado por Marcus Catão em 11/12/2013
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