DESEJOS ADORMECIDOS

O manto da noite envolveu a terra…
Na escuridão que se fez, as máscaras caíram...
E os desejos adormecidos, despertaram vorazes…

Nas trevas que se fizeram,
Sem máscaras,
Sem feições,
Sem identidade…
Corpos anônimos se entrelaçaram,
Dando início a um amor líquido,
Patético, irresponsável…

Um cheiro nauseabundo de suor
E hormônio impregnou o ar.
Suspiros … sussurros e gemidos
feriram o sublime silêncio da madrugada.

E houve a entrega frenética e animalesca!
E houve o espasmo dos corpos…

Silêncio…
Corpos inertes…
Possuídos pela flacidez do orgasmo!
Fantasias realizadas…
Desejos concretizados…
Vidas vazias…

Nenhum suspiro,
Nenhum sussurro,
Nenhum gemido!
Apenas a vontade, inútil,
De que não amanheça!

Inútil vontade…

A aurora, mansamente,
Insinua-se entre os corpos
- ainda adormecidos -
Devolvendo-lhes as feições…
A identidade…
O sol ilumina o fétido cenário da teatralização!

Os olhos se abrem… perplexos!!!
Como lidar com os espasmos da alma?
Alexandre Brito
Imagem: Capa do meu novo Livro de Poesias

Poema integrante do meu novo livro de poesias:
"(des)ENCANTOS DO AMOR"
Um livro que vai inquietar o seu coração!

 
Alexandre Brito
Enviado por Alexandre Brito em 11/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
Código do texto: T4607426
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