NOTAS DO ABISMO

A chuva de outrora

não são o caso

que me contas agora

pouco sabes das nuvens

onde o céu

e as estrelas

aguardavam meus olhos

cinzas túmulo

de uma fogueira acesa

não guardam

este calor

esta linguagem que usas

confusa

perdida sem muro

agora que é escuro

precisa daquela luz

porque esta conduz

o que se perdeu

vale encantado

barbas-de-pau

parecem olhar

juízes anciãos

querendo julgar

sabe-se lá o que

vem deste lugar

que chamas

" a base de tudo"

e não traz nada de novo

minhas mãos

sempre vazias

sujas mais frias

cúpula de vidro

embaçado

por tudo

que é seu chegasse

sobre nome de

de um bem amado

deixado

de lado...