desenfreado

por onde vai a minha dor com tanto temor?

do amor quebrei o freio de mão

numa rua sem saída;

dei de cara com um muro de gesso,

saí cambaleando com um gesto de não,

acabei toda doída.

continua imperando o medo e

não é só o corpo que segue doendo.

o freio segue sem conserto,

as noites acabam no branco do teto.

talvez fosse melhor

sangrar numa parede de concreto...

mas hoje sei que em meio a tortura do tempo,

encontrei a dor aqui mesmo, no peito.