Às Vezes é o Sublime

Às vezes que são de flores os versos

entre outras que são de estrelas

mas, nunca há o final, estígie derradeira

burilada no inferno pessoal.

Às vezes que são pássaros versificados

entre nuvens e verbos alados

mas, o voo não é predestinado

mas, o destino é um vate violento.

Quantas e quantas vezes o sol é a poesia

carcomendo as lavras alucinantes

de um plantador de palavras inóspitas

e a semeadura é sempre em frente, sem final.

Quantas e quantas vezes são versos-feitiços

conclamados em sabás encantados;

invocando os fantasmas de todos os pecados

e resignando-se na estrela vespertina.

E há as vezes que o verso é verbo concatenado,

conjugando o momento e o devaneio

entremeio a essa lucidez insana, mas real

que vislumbra a eterna luta entre o bem e o mal.

E há as vezes que é somente a sublimação

e há temperança nos beijos cálidos de amor;

diante do espelho várias faces se confundem

mas àquela que é do poeta se sobressai.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 10/12/2013
Código do texto: T4605934
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