O BISCATEIRO

Tenho estado marginal

a tudo que faço

despedaço paredes

porta que abri

nem se quer

vejo entrar

um dia de sol

refugos

conteúdos aspensas

de um lugar

demasiado avulso

mundo quadrado

um todo cercado

procurado suspeito

de um jeito

que me quer aqui

me torno viajante

de mágoas absorvidas

maravilhas em vasos

quebrantes

ao largo passo

do estranho

ciúmes tamanho

nada igual que sinto

plantas absorvem

o jardineiro

aspiram o faminto

que abriu a gaiola

dos passáros sem

sair dela...