Reviravolta

Uma preguiça boa me estendeu na cama...

Dei um trato na pele

Fiz minhas sobrancelhas

Estou parecendo solteira!...

No entanto,

Já tive duas remessas de filhos.

Não trago olheiras morteiras

Morro de vontade de ser!

Alterno-me.

A minha cabeça tumultuada não sabe mais escolher

Ou talvez saiba e não possa.

O que fui eu fazer lá

No mais dispensável lugar

Que encheu a barra da minha saia de carrapichos

E a minha segurança, de cochichos de cobras?...

Debulhei milhos e lágrimas...

Gastei minhas felicidades.

Tenho de gerar outras!...

Eu quero a reviravolta

Que a oração provoca na vida das pessoas,

Quero a tal da conversão.

Euna Britto de Oliveira
Enviado por Euna Britto de Oliveira em 23/04/2007
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