Ainda chove...


Chove... ainda chove torrencialmente nesta noite fria,
Sozinho, sem que consiga te tirar de meus pensamentos
Quando nos encontramos distantes nesta noite vazia,
A subtrair-me das eternas lembranças de cada momento.

Chove... e esta chuva me tolda os olhos e rola pelo rosto,
Misturando-se às copiosas lágrimas da solidão que me aflige,
Escorre por meu peito ao me lembrar do enorme desgosto,
Por de ti somente restarem as lembranças furtivas, a efígie.

Choro...lágrimas fugidias se misturam às águas que caem
Molhando-me todo o corpo, inundando minha triste alma,
Do céu em direção à terra, das nuvens negras de onde saem,
Que carece de tua presença, que só assim se consola e acalma.

Quisera eu neste momento ser um mero barquinho de papel,
Iria a teu encontro, levado pela água corrente e caudalosa,
Te tomaria nos braços, cobriria de beijos, elevaria ao céu,
E entregaria todo meu amor sintetizado em uma única rosa.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 09/12/2013
Reeditado em 09/12/2013
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