BR 0666
Bate a mão espalmada no pára-brisa
Aproveitando o vermelho sangue
E odiando o verde desesperança
Bate a mão no pára-brisa
Aqueles olhos miudinhos e a boca semi-aberta
Mostrando o dente de leite
Bate a mão espalmada no pára-brisa
Batem na mão
Palmatória na mão
Pregos na mão
Bate a mão no pára-brisa
A tensão amarela do sinal
O não da outra mão
Quando um é maior que cinco
Batem na mão espalmada
Não conseguiu o sustento
Se conseguiu, comprou algodão doce, a ficha do fliperama
A mãe que afaga
É a mesma mãe que esquarteja
O encontro das mãos da Sistina impressionam?
O encontro das mãos?
Ou a obra de Michelângelo?