DESATINOSA VIDA
Olá, olá
vibro o seu brilho noturno
Levanto-lhe a taça
e brindo em tua homenagem e reverência
Noite dos bêbados e das prostitutas
gente minha, sangue meu
Nossos passos passeiam sem rumo
ao encontro do bosque
dos pássaros e árvores frondosas
Eila! eila!
a estrela brilhante
eila! a lua clara sobre o casebre
minha gente, meu sangue
meu irmão
O ventre vivo chuta vida
Eila!
mãe, deusa e protetora
o peito lácteo sacia a fome
e vida cresce
Eis, eis meu irmão
que o chão frio de cama não sirva
o asfalto não é cama, berço, nem aconchego
é estrada de máquinas e homens sem coração
Eila! vida
Eila! saudade
Eila!