Artífice

O violão me foi dado

Mas as mãos, não adestrei

E embora inspirado

Música alguma toquei

O tempo encantava minha era

E do nada, uma flauta doce

Prémio das poesias sem editora

Que pelos bares de Maputo

Declamava para quem quisesse

Mas não encontrei sopro dentro de mim

Nem coitadas dedilhações de timidez

Apenas uma velhice sentada no murro da marginal

Se esquecendo que esperava sua vez

Encantada com a música de uma rouca voz

Que cantar sabia, afinal.

skype: ojpeao

Odibar João Lampeão
Enviado por Odibar João Lampeão em 08/12/2013
Reeditado em 24/12/2013
Código do texto: T4604091
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.