DELÍRIOS
DELÍRIOS
Fernando Alberto Couto
Leitos amassados, vazios,
acusam o fim duma noite,
de muita paixão e delírios
que logo chegam à morte.
Amor que sequer nasceu,
pois não passou de paixão
que minh’alma envolveu,
qual vulcão em erupção.
Tua pele que tanto seduz,
tocando a minha, ardia
e, fascinando, à meia luz,
loucamente me envolvia.
E os desejos incontrolados,
ao êxtase nos enviaram
e noutro dia, já acordados,
todos delírios evaporaram.
RJ – 08/12/13