Vou construir um barco


Vou construir um barco e, como costume,
Colocarei tua imagem na proa, nua,
Com teus seios e ventre a abrir os caminhos
Por onde passarei, ad-infinitum, a trilhar.
Esculpirei tua imagem com o fogo
Dos beijos ardentes que trocamos,
Detendo-me em cada um de teus detalhes
Que me enlevam e que me inebriam,
Como o faço quando nos amamos,
Detalhando-os quase à perfeição dos teus,
Originais, impossíveis de repetir ou copiar.
Até mesmo a perfeição de tuas nádegas,
Lindas, redondas como luas cheias,
Gêmeas, e de teu dorso onde me perco,
Quando te acaricio em decúbito,
Na ânsia de te ter, quando, súbito,
Me convidas para de novo o amor,
Com tuas coxas me envolvendo.
Teus braços, manterei junto a teu corpo,
inertes, até o momento em que me enlaças
E me envolves neste abraço onde me abandono,
No delírio dos momentos em que me abraças.

E em meu barco, contigo à proa,
A me guiar por mares às vezes bravios,
Às vezes calmos e dolentes, ventos brandos,
Às vezes fortes, velas enfunadas,
Por mundos incógnitos, por paragens
Jamais desvendadas, levará teu nome,
Nos bordos e na popa, a todo o mundo,
Sem que só por um único segundo,
O revele, a quem quer que seja,
Deixando toda gente confusa,
Pois somente tu e eu sabemos:
- Vana, és minha musa!!!
LHMignone
Enviado por LHMignone em 07/12/2013
Reeditado em 21/08/2015
Código do texto: T4602500
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