Quando a Lua me ouve!
Surfe nas cordas imemoriais, olhos travessos,
Fúria por causas internas, externas também,
Soluções variáveis, menor agressão psíquica,
Dos passados, trajetos obtusos são passados,
Pelo presente, a mão que se estende, ajudas,
Cavas para deixar os braços soltos, livres,
Mas tem que se livrar dos demônios circulantes,
Troca liberdade por afetos não correspondidos,
Das tomadas erradas sem valor nem preço,
Nada está tão errado assim, apenas passagens,
Das paragens mal digeridas, lamentos ulteriores,
Nem tudo pode ser levado a ferro & fogo,
Ásperas esperas, palavras mal ditas, brilhos vagos,
Do ouro de tolo, sobram cercas embandeiradas,
De quem tomou do passado, nada devolvido,
Apertos que afligem feitos uma maldição,
Quem estende a mão, sente também as dores,
Quer que os dissabores sejam banidos também,
O mais rápido possível, quiçá agora, já,
Mira o corpo que pede carinho & compreensão,
Tem o olhar brilhante em noites de calmarias,
E tantos beijos & afagos, de gozos múltiplos,
Sangra por dentro pela longa espera, mas espera,
Cri na certeza de dias melhores ainda vindouros,
Também espera por mudanças & movimentos,
Das incertezas com prazos de validade vencidos,
Faz moucos ouvidos para vários impropérios,
Cria novas energias por tudo que tanto lhe falta,
Nunca perde a alegria de vista, nem a esperança,
É sua perseverança, sua sina, toda sua vida,
Como se diz, ama por paixão, ama a vida...
Tudo procura fazer para tudo correr bem,
Olha o mundo com alegria, mesmo com tantas mazelas,
Não há mal que perdure, por isso faz & acredita,
Mesmo na esquina mais solitária de todos os tempos,
Cada movimento é um canto, tem um sorriso,
Do coração que sangra, extrai novos discursos,
Da Lua que ouve seus uivos & lamentos,
O brilho que intensifica essa paixão & viver...
Das coisas que quebram & passam, descartes,
Uma nova mão lançada na sorte, cartas na mesa,
Pelo caminho que ainda tiver que percorrer!
Peixão89