À DERIVA
(Sócrates Di Lima)

Dispersam as nuvens da minha alma,
O céu da minha visão desbota,
Inadivertidamente me ponho em calma,
Velejo em barco sem velas  e sem rota.

A ermo meu barco só....
Já me perdi na correnteza da vida,
Meus pensamentos dá um nó,
No fio da navalha sem ferida....

E assim, sigo meu destino à deriva,
No mar das minhas divagações,
Entre nuvens e o azul que o céu cultiva,
Misturam-se de mãos dadas as  ilusões..

Sigo então  as ondas, em peito aquebrantado,
Nas quebradas do vento nas areias,
Chocam meus sonhos nas rochas feito fado,
Carregados nos anos como o sangue nas veias...

Como se estivesse entre nuvens,
E não no mar...
flutuantes imagens...

navegando ao invés de voar.

À deriva segue meus pensamentos,
na orla das minhas pretensoes,
E por onde andam os meus sentimentos,
Senao no barcos das minhas emocoes.

Perdido, meu barco sozinho `a deriva,
em meio ao mar das minhas vontades,
Nos ventos que meu querer se ativa,
Em brisa, transforma as minhas saudades...

E assim, avisto os meus horizontes,
Na embarcao que navega para o meu Norte,
A deriva minha alma busca as fontes,
Para alimentar meus sonhos, hoje navegantes da sorte..


 





 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/12/2013
Reeditado em 07/12/2013
Código do texto: T4600032
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