VARIAÇÕES SOBRE O TEMA - II

Não há que temer o escritor a palavra.
Ela que do ofício dele é instrumento,
Arma de combate ou defesa,
Pá e semente
Foice e martelo
Como do operário em construção,
Também é grão
No árido solo arenoso,
Na terra movediça
Ou no fecundo chão da mente
Que dá à semente
O florescer das ideias.
Guardião do pensamento que da mente é vão,
Que o escritor não deixe a palavra
Escapar-lhe da mão
A palavra escolhida como catado o feijão
No alguidar do João,
Nasceu da “última flor do Lácio”
E veio do além-mar com outro Cabral
Para a brasileira nação.
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Não há que fugir o escritor a palavra,
Faca amolada, facão,
Mas também diamante, azimute,
Buril, ponte, pássaro canoro, azulão,
Gritos, gemidos e onomatopéias das grutas,
Fontes e cascatas
Farfalhar de folhas verdes sobre os montes,
Vento agitando palmeiras
N’alvas areias à beira das praias solitárias.
O ar, a soprar um som nos lábios do mar,
Assobia arrepiando as ondas
A lamberem a pele da raça brasileira.
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LordHermilioWerther
Enviado por LordHermilioWerther em 05/12/2013
Reeditado em 11/12/2013
Código do texto: T4599839
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