Esse teu ventre


Esse teu ventre amado que me acolhe receptivo,
Onde me refugio cada vez mais profundamente,
E que me mostra a cada instante que ainda vivo.
Em ti, em teus anseios, em teu corpo, em tua mente.
Esse teu ventre amado onde repouso a cabeça,
Enquanto carinhosamente me afagas os cabelos,
Fazendo-me delirar e por mais que eu mereça,
Sinto-me devedor de teu amor, carinhos e zelo.

Por vezes, quando em teu sacro colo eu me deito,
constrito me debruço à procura de teu cerne mulher,
a tua procura, de tudo que representas e me deleito,
com tudo que és e sempre foste, imersa neste mister.
Sem ele, por certo, não poderia continuar vivendo,
De tanto que o amo, quase tanto como quanto amo
A ti, em cada um de teus detalhes, lindos, parecendo
Que foram feitos para mim, que tanto por eles clamo.

Somente a Deus peço, em cada um destes momentos,
Que jamais me prive de acolher-me em teu ventre,
Pois não saberia viver tendo-te só em pensamentos,
E ouvindo-te sussurrar carinhosamente: Entre!!!
E então, quando nos tornamos finalmente unos,
Na simbiose louca a que nos conduzimos, dolentes,
Pele com pele, côncavos e convexos a seus turnos,
Na explosão do sexo incontido, vivido plenamente.
LHMignone
Enviado por LHMignone em 03/12/2013
Reeditado em 04/09/2017
Código do texto: T4597622
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