Plasticidade

A vida é bela,

Tal qual a arte de Dali

E daqui em diante,

Nem que caiam todas as estrelas do céu

e nasçam espinhos no horizonte

Eu não me farei triste.

O dedo em riste

apontará só para meu desânimo

para que a morte não me pegue no escuro

entre os muros da minha própria sorte.

Recolherei cada estrela caída

Guardarei para fazê-las brilhar em olhos tristes

Que observam temerosos o futuro incerto

E farei de cada centelha de esperança

A luz que guia minha jornada.

E lá adiante, onde supõe-se o abismo,

perseguirei o limite entre o céu e Terra,

onde nascem os medos e as tormentas, enquanto foge

E eu fujo de passados reincidentes.

Remarei incansavelmente em meu barquinho de papel

em pequenas gotas de felicidade refletindo no céu,

feito as estrelas que recolho todos os dias.

Leda Gaivota
Enviado por Leda Gaivota em 03/12/2013
Reeditado em 03/12/2013
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