Saudades da Minha Saudade.
Faz tempo que procuro essa safada,
me abandonou e não me deixou nada,
fez o papel de verdadeira vagabunda.
A geladeira deixou totalmente vazia,
uma garrafa com refresco, eu o fazia, e outras cheias de tristezas profundas.
A parte mais inútil passou a ser a adega,
detestava um linguajar que fosse brega.
poliglota, mestra na forma de escrever.
Adepta fervorosa do côncavo e convexo,
pós graduada na milenar arte do sexo,
dominava todas as técnicas do prazer.
Sucumbi aos seus encantos de devassa,
o seu "sério" nada mais era que chalaça,
não imaginava mulher assim tão liberal.
Num curto tempo mostrou sua habilidade,
despertando o meu corpo à realidade,
jamais uma poliglota usou tanto o gestual.
Todos os idiomas em meu corpo existentes,
foram lidos e relidos por sua língua fluente,
de forma pausada, carinhosa, gostosa e bela.
Foi quando encontrei quem tanto eu procurava.
relembrei das noites quando com ela eu gozava,
matei as saudades, "Saudade" é o nome dela.
fim