Invasão...

Lá estava,

Sombrio, desabitado,

Um cheiro de guardado,

Espelhos quebrados...

Entra...

Ignora os cacos,

Atiça a lareira,

Com um sopro gélido,

Um soriso na face,

Antes não entrasse...

Intruso...

Brincadeira sádica,

Rouba o espaço,

O invade, aquece,

E sai...

Da presença agora,

O rastro por sobre os cacos,

Prazer mórbido,

Em se fazer sentir...

Pra traz,

Janelas e portas, abertas,

A lareira acesa pra nada,

E a saudade que passa a morar ali...

Abandonado,

É novamente fechado,

Lá está,

Agora ocupado,

O vazio da saudade mora ali...

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 02/12/2013
Reeditado em 19/11/2014
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